Protestos contra operações de imigração em Los Angeles escalaram para violência, com bloqueios na 101 Freeway e confrontos com a polícia. Saiba o que aconteceu e as implicações! #ProtestosLA #Imigração #101Freeway
Desde sexta-feira, 6 de junho de 2025, Los Angeles tornou-se palco de intensos protestos contra operações de imigração conduzidas pelo governo federal. O que começou como manifestações pacíficas contra as ações da Immigration and Customs Enforcement (ICE) evoluiu para confrontos violentos com a polícia, bloqueios da 101 Freeway e a mobilização de milhares de tropas da National Guard e fuzileiros navais. No domingo, 8 de junho, a tensão atingiu um pico, com manifestantes atirando pedras e fogos de artifício contra a California Highway Patrol (CHP), enquanto a cidade enfrentava vandalismo e saques. Esta matéria explora os eventos, as causas e o impacto desse conflito que dividiu opiniões e ganhou destaque nacional (Los Angeles Times, Reuters).
O Estopim: Operações de Imigração e Reação Popular
As tensões começaram na sexta-feira, quando agentes federais em trajes antimotim realizaram operações de imigração em bairros como Paramount, Huntington Park e Whittier, áreas predominantemente latinas (Los Angeles Times). Essas ações, parte da política de imigração do presidente Donald Trump, visavam deter imigrantes sem documentação, mas também afetaram residentes legais, gerando indignação (Al Jazeera).
No sábado, cerca de 400 pessoas se reuniram em protestos, levando o Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles a declarar assembleia ilegal (CBS Los Angeles). No domingo, as manifestações cresceram, concentrando-se no Civic Center e na Metropolitan Detention Center, onde centenas enfrentaram a National Guard e agentes do Department of Homeland Security (DHS) (Los Angeles Times).
Por volta das 15h30 de domingo, manifestantes ocuparam a 101 Freeway, bloqueando o tráfego por horas. A CHP respondeu fechando a rodovia e tentando dispersar a multidão, mas enfrentou resistência violenta (Hindustan Times).
Confrontos Violentos: Pedras, Fogos e Gás Lacrimogêneo
Os protestos pacíficos deram lugar a cenas de caos. Na 101 Freeway, manifestantes mascarados atiraram pedras, tintos de concreto, bicicletas elétricas e fogueiras de artifício contra os oficiais da CHP, que se abrigaram sob viadutos (KTLA, Newsweek). Um veículo da CHP pegou fogo após ser atingido, e outros foram danificados (CBS Los Angeles).
A LAPD, a CHP e o Departamento do Xerife responderam com munição não letal, como balas de espuma, gás lacrimogêneo, granadas de efeito moral e spray de pimenta (Reuters). No domingo, 50 pessoas foram presas por acusações que incluíam tentativa de assalto com coquetel Molotov, agressão a policiais, vandalismo e saque (Los Angeles Times). O chefe da LAPD, Jim McDonnell, diferenciou manifestantes pacíficos de “anarquistas mascarados” que buscavam violência (Los Angeles Times).
Um incidente notável envolveu o jornalista independente Jonah Reyes, de 27 anos, atingido por uma bala de espuma enquanto filmava: “Logo que levantei, acertaram meu traseiro” (Los Angeles Times). Perto da City Hall**, manifestantes ergueram barricadas com bancos de parque, enquanto outros saqueavam lojas na Broadway à noite (Los Angeles Times).
Escalada Militar: National Guard e Fuzileiros
A resposta federal intensificou o conflito. No sábado, Trump anunciou a mobilização de 2.000 agentes da National Guard para Los Angeles, seguida por mais 4.000 e 700 fuzileiros navais até terça-feira, 10 de junho (Reuters, BBC News). As tropas, sem autoridade para prisões, foram designadas para proteger propriedades federais, mas sua presença inflamou os protestos (Reuters).
No domingo, a National Guard avançou contra a multidada na Metropolitan Detention Center, usando escudos antimotim e gás lacrimogêneo sem aviso prévio, mesmo antes de qualquer violência (Los Angeles Times). Manifestantes responderam com garrafas e fogos de artifício, enquanto dois motociclistas foram acusados de tentar atropelar policiais (Los Angeles Times).
O governador Gavin Newsom e a prefeita Karen Bass criticaram a escalada militar, chamando-a de “exagero” e “provocação política” (CBS Los Angeles, Yahoo News). Newsom entrou com um processo contra Trump, alegando que a federalização da National Guard sem seu consentimento é ilegal (Reuters). Bass destacou que a maioria dos manifestantes era pacífica, mas condenou os vândalos: “Quem saqueou ou vandalizou não se importa com nossas comunidades imigrantes” (Reuters).
Impacto e Repercussões
Os protestos desviaram a atenção das operações de imigração para cenas de caos, com táxis Waymo incendiados, grafites anti-ICE e lojas saqueadas, incluindo uma Apple Store e uma farmácia CVS (Reuters). Até segunda-feira, mais de 100 prisões foram relatadas, com a LAPD planejando mais detenções com base em vídeos (Yahoo News, KCOnTheRadio).
O custo das tropas foi estimado em US$ 134 milhões, cobrindo transporte, hospedagem e alimentação (Reuters). O senador Jack Reed e outros democratas criticaram o uso de militares em solo americano, uma prática rara que remete à Lei Posse Comitatus (Reuters).
Os protestos também se espalharam para cidades como Nova York, Filadélfia e São Francisco, indicando uma reação nacional às políticas de imigração (Reuters). No X, vídeos mostram manifestantes agitando bandeiras mexicanas e gritando “Viva la Raza”, enquanto outros condenam a violência (GiangMarcin, TiffMoodNukes).
O Debate: Liberdade de Expressão vs. Violência
Os eventos levantam questões complexas:
Direitos de Protesto: Manifestantes pacíficos exercem seus direitos da Primeira Emenda, mas a violência de grupos menores deslegitima a causa? (Los Angeles Times).
Resposta Policial: O uso de gás lacrimogêneo e balas de espuma sem aviso foi proporcional? (Reuters).
Política de Imigração: As operações da ICE, que afetam até residentes legais, justificam a indignação pública? (Al Jazeera).
Escalada Militar: A mobilização de tropas reflete necessidade de segurança ou politização? (BBC News).
Julie Solis, uma manifestante de 50 anos, alertou: “Eles querem prisões. Querem nos ver falhar. Precisamos ser pacíficos e eloquentes” (Los Angeles Times).
Os protestos em Los Angeles revelam a profunda divisão sobre imigração nos EUA. Enquanto alguns lutam por comunidades imigrantes, outros cruzam a linha da violência, desencadeando uma resposta policial e militar que amplifica o conflito. A 101 Freeway, símbolo da mobilidade da cidade, tornou-se um campo de batalha, refletindo tensões nacionais. Como disse McDonnell, a violência “enjoa todo bom cidadão” (Los Angeles Times). O que você acha dessa crise? Protestos pacíficos são a solução, ou a violência é inevitável? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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Fontes: Los Angeles Times, Reuters, CBS Los Angeles, Yahoo News, KTLA, Newsweek, Hindustan Times, BBC News, Al Jazeera, KCOnTheRadio, GiangMarcin.
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