
A OpenAI apela contra ordem judicial que exige reter indefinidamente dados do ChatGPT, citando violações de privacidade. Entenda o caso movido pelo The New York Times e suas implicações. #OpenAI #ChatGPT #Privacidade #TheNewYorkTimes #IA
Em 13 de maio de 2025, a juíza federal Ona T. Wang ordenou que a OpenAI preserve todos os dados de saída do ChatGPT e da sua API, incluindo conversas deletadas, como parte de uma ação por violação de direitos autorais movida pelo The New York Times, New York Daily News e Center for Investigative Reporting. A medida, que impede a eliminação de dados normalmente deletados em 30 dias, gerou preocupações sobre privacidade digital. A OpenAI apelou em 3 de junho, argumentando que a ordem compromete seus compromissos de privacidade e pode violar normas como o GDPR. Conheça os detalhes do caso e suas implicações.
A Ordem Judicial e o Litígio
A ação, iniciada em dezembro de 2023, alega que a OpenAI e a Microsoft usaram milhões de artigos protegidos por direitos autorais do The New York Times para treinar o ChatGPT sem permissão, gerando saídas que reproduzem ou parafraseiam conteúdo protegido (Reuters, NPR). Os demandantes solicitaram a retenção de logs de saída para rastrear evidências, incluindo casos em que usuários deletam chats para ocultar acesso a conteúdo protegido (Ars Technica).
A juíza Wang justificou a ordem devido ao “volume significativo” de conversas deletadas, que podem conter provas relevantes. Ela questionou a OpenAI sobre anonimização, mas a empresa alegou dificuldades técnicas (Engadget). A ordem, válida a partir de 13 de maio de 2025, afeta usuários das versões Free, Plus, Pro e Team do ChatGPT e clientes da API sem acordos de retenção zero de dados (ZDR). ChatGPT Enterprise, ChatGPT Edu e clientes com ZDR estão isentos (WABetaInfo).
Reação da OpenAI
A OpenAI classificou a ordem como um “excesso” que viola seus compromissos de privacidade. O CEO Sam Altman afirmou em X que a exigência é “inapropriada” e estabelece um “precedente perigoso”, sugerindo a necessidade de um “privilégio de IA” para proteger dados de usuários (The Verge). O COO Brad Lightcap reforçou: “Isso contradiz normas de privacidade de longa data e enfraquece proteções” (PYMNTS).
A empresa tomou as seguintes ações legais:
27 de maio: Apresentou moção para reconsideração, esclarecendo que o ChatGPT Enterprise está excluído (WABetaInfo).
3 de junho: Apelou ao juiz distrital Sidney Stein, pedindo a revogação da ordem (Reuters).
A OpenAI armazena os dados retidos em um sistema seguro, acessível apenas por uma equipe jurídica e de segurança auditada, e não os compartilha com o The New York Times ou terceiros sem ordem judicial específica. A empresa prometeu lutar contra qualquer tentativa de acesso indevido (Ars Technica).
Impactos e Preocupações
Privacidade: A retenção indefinida de chats, incluindo informações sensíveis, preocupa usuários em setores como saúde, direito e finanças (Geeky-Gadgets). Fóruns como Reddit e X registraram reações de pânico (The Neuron).
GDPR e Normas: A ordem pode conflitar com o GDPR, que exige minimização de dados. A OpenAI cumpre a ordem por obrigação legal, mas alerta para possíveis violações (Ars Technica, X).
Precedente Legal: A OpenAI teme que a ordem estabeleça um padrão para outras empresas de tecnologia, comprometendo políticas de privacidade (Engadget).
Técnico: A preservação de bilhões de interações é logisticamente desafiadora e aumenta riscos de vazamentos (WebProNews).
Políticas de Retenção da OpenAI
Normalmente, a OpenAI elimina chats deletados em 30 dias, exceto por obrigações legais. As políticas variam por tipo de conta:
Free, Plus, Pro: Chats deletados são removidos da conta imediatamente e dos sistemas em 30 dias.
Team: Usuários controlam a retenção; chats deletados são eliminados em 30 dias.
Enterprise/Edu: Administradores definem a retenção; chats deletados são removidos em 30 dias.
API: Clientes controlam a retenção; dados são eliminados em 30 dias, exceto para ZDR, onde não são armazenados (WABetaInfo).
A ordem não altera as políticas de treinamento: dados empresariais não são usados por padrão, e consumidores podem optar por não contribuir para melhorias do modelo (OpenAI FAQ).
Contexto e Perspectivas
O litígio reflete tensões entre privacidade, propriedade intelectual e inovação em IA. O The New York Times alega que o ChatGPT substitui seu conteúdo, ameaçando seu modelo de negócios, enquanto a OpenAI defende que o treinamento é protegido por “uso justo” (NPR). O caso, ainda sem data de julgamento, pode redefinir normas para dados de IA (The Verge).
A OpenAI comprometeu-se à transparência, prometendo atualizar os usuários sobre mudanças na ordem. Se a apelação for bem-sucedida, a empresa retomará suas práticas padrão de eliminação de dados (PYMNTS).
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Fontes: Reuters, The Verge, Ars Technica, Engadget, WABetaInfo, NPR, Geeky-Gadgets.
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