A briga pública entre Trump e Musk em 2025 colocou em risco contratos da SpaceX com a NASA, essenciais para a ISS e missões lunares. Entenda o impacto e a dependência americana da empresa de Musk. #SpaceX #NASA #Trump #Musk #Espaço
Em 5 de junho de 2025, uma disputa pública entre o presidente Donald Trump e Elon Musk, ex-aliado e CEO da SpaceX, escalou nas redes sociais, ameaçando contratos governamentais cruciais para o programa espacial americano. Trump sugeriu cancelar contratos da SpaceX, enquanto Musk ameaçou desmantelar a cápsula Dragon, única nave dos EUA para transportar astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS). Embora Musk tenha recuado horas depois, o episódio expôs a dependência da NASA da SpaceX e gerou incerteza nos mercados, com queda nas ações da Tesla. A ruptura também destaca os desafios da SpaceX, que depende de contratos federais, e os planos de Musk para Marte, incluindo o robô Optimus.
A Disputa Trump-Musk
A briga começou quando Musk criticou um projeto de orçamento apoiado por Trump, levando o presidente a postar no Truth Social: “A maneira mais fácil de economizar bilhões é encerrar os subsídios e contratos de Elon” (web:0). Musk respondeu no X: “@SpaceX começará a desmantelar sua nave espacial Dragon imediatamente” (web:19). Horas depois, após um usuário sugerir “esfriar a cabeça”, Musk retratou-se: “Ok, não desmantelaremos o Dragon” (post:2).
A troca de ameaças ocorreu dias após Musk deixar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) em 30 de maio, onde liderou cortes de US$ 900 milhões em contratos federais (web:16). Trump também retirou a nomeação de Jared Isaacman, aliado de Musk, para administrador da NASA (web:24). A relação, antes próxima, azedou, com Musk doando US$ 300 milhões à campanha de Trump em 2024 (web:9).
Impacto na NASA
A Dragon é a única nave americana operacional para transportar até sete astronautas e carga à ISS, sob um contrato de US$ 5 bilhões (web:3). Sem ela, a NASA dependeria da Soyuz russa, uma opção geopoliticamente sensível (web:4, post:5). Alternativas locais falharam:
Boeing Starliner: Deixou astronautas Suni Williams e Butch Wilmore na ISS por 9 meses devido a falhas, retornando vazia em setembro de 2024. Eles voltaram em uma Dragon (web:1, web:17).
Northrop Grumman Cygnus: Uma unidade foi danificada em transporte, mas a empresa continua fornecendo carga (NASA.gov).
Sierra Space e Axiom Space: Têm contratos, mas não estão operacionais (NASA.gov).
A NASA também depende da SpaceX para:
Desorbitagem da ISS: Contrato de US$ 843 milhões (2024) para um veículo que desorbitará a ISS em 2030 (web:18).
Artemis III: O Starship HLS (US$ 4 bilhões) levará astronautas à Lua em 2027. A Blue Origin, contratada para Artemis V, está atrasada (web:1, web:23).
Cancelamentos prejudicariam missões científicas e de segurança nacional, já que a SpaceX lança a maioria dos satélites do Pentágono (web:12). Lori Garver, ex-NASA, disse que seria “ilegal” e contra interesses nacionais (web:3). A NASA se limitou a dizer: “Continuaremos a trabalhar com parceiros para cumprir os objetivos do presidente” (web:0).
Impacto na SpaceX
A SpaceX espera US$ 15,5 bilhões em receita em 2025, com US$ 1,1 bilhão da NASA (web:0). Desde 2006, recebeu mais de US$ 20 bilhões em contratos federais, financiando o Falcon 9 e atraindo clientes comerciais (web:5). Um rompimento com a NASA limitaria pesquisa (e.g., Starship) e prejudicaria sua reputação em um mercado com concorrentes como Blue Origin e RocketLab (web:6). O Pentágono, que concedeu US$ 5,9 bilhões em 2025, também depende da SpaceX para satélites e Starlink (web:12).
Impacto nos Mercados
As ações da Tesla caíram devido à incerteza, mas SpaceX e Starlink não são públicas, então não foram afetadas diretamente (Reuters, 6 de junho de 2025). A volatilidade reflete o peso de Musk nos mercados (Bloomberg).
Optimus e Visão de Musk
Musk planeja enviar o robô humanoide Optimus da Tesla em uma missão não tripulada a Marte em 2027, para construir habitats (post: Instagram da Tesla). Apresentado em 2022, com melhorias em 2024, Optimus custará US$ 20.000-30.000 e usa IA para tarefas autônomas, mas ainda requer assistência humana (TechCrunch). A menção reflete o foco de Musk em colonização interplanetária, mas é secundária à disputa (Bloomberg).
Perspectivas
A disputa expôs a dependência mútua entre NASA e SpaceX. Cancelar contratos prejudicaria missões espaciais americanas e a inovação da SpaceX, enquanto a falta de concorrentes viáveis (Boeing, Blue Origin) agrava o risco (web:6). A NASA busca diversificar provedores, mas a SpaceX domina por sua tecnologia reutilizável (web:2). A reconciliação entre Trump e Musk, ou pelo menos a preservação de contratos, é crucial para o programa espacial dos EUA (web:12).
#SpaceX #NASA #Trump #Musk #ISS #Artemis #Espaço
Fontes: SpaceNews, Reuters, The New York Times, Bloomberg, TechCrunch, NASA.gov.
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