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Sean “Diddy” Combs vai a julgamento por tráfico sexual e conspiração: entenda o caso que pode marcar a queda de um império do hip-hop

Sean “Diddy” Combs vai a julgamento por tráfico sexual e conspiração: entenda o caso que pode marcar a queda de um império do hip-hop


O rapper Sean "Diddy" Combs está sendo julgado por acusações de tráfico sexual, conspiração e abuso. Entenda os detalhes do caso, as estratégias da defesa e os desdobramentos judiciais.

Durante anos, Sean “Diddy” Combs foi sinônimo de glamour, influência e festas exclusivas nos Hamptons. Agora, o fundador da Bad Boy Records enfrenta um dos processos mais graves de sua vida. Aos 55 anos, o empresário e ícone do hip-hop responde a um julgamento federal por acusações de tráfico sexual, conspiração criminosa e transporte de pessoas para prostituição. Se condenado, pode pegar prisão perpétua.

De festas luxuosas a acusações de violência

Segundo a acusação, Combs usou seu poder e prestígio na indústria musical para explorar e abusar de mulheres por mais de duas décadas. O processo o descreve como o organizador dos chamados “Freak Offs” — orgias regadas a drogas onde mulheres eram coagidas a fazer sexo com trabalhadores do sexo enquanto eram filmadas sem consentimento. Relatos apontam o uso de drogas como ecstasy, cetamina, GHB e metanfetamina para manter as vítimas obedientes. Após os eventos, era comum que todos recebessem fluidos intravenosos para se recuperar do desgaste físico.

Além das orgias, o rapper é acusado de atos de extrema violência, como espancar, chutar, arrastar pessoas pelos cabelos e até pendurar uma vítima pela sacada de um apartamento. Um dos vídeos que serão apresentados no julgamento mostra Combs agredindo Cassie Ventura, ex-namorada e uma das quatro mulheres cujos relatos sustentam o processo.

A defesa: estilo de vida consensual?

Os advogados de Combs argumentam que ele vivia um “estilo de vida liberal”, semelhante ao de casais swingers, e que todas as relações foram consensuais. “Isso era algo buscado, parte especial do relacionamento”, afirmou o advogado Marc Agnifilo, referindo-se à relação de 10 anos entre Combs e Cassie.

A defesa também alegou que, após a indenização paga a Cassie, outras pessoas se sentiram encorajadas a apresentar denúncias falsas. Ainda assim, Combs admitiu que o vídeo em que agride Cassie o envergonha profundamente. “Assumo total responsabilidade. Fiquei enojado quando aconteceu e continuo enojado agora”, declarou.

Indiciamento e provas

O indiciamento de 17 páginas acusa Combs de usar seus próprios negócios — gravadora, estúdio de gravação, marca de roupas, empresa de bebidas alcoólicas, agência de marketing e canal de TV — para facilitar os crimes, com ações que incluem suborno, sequestro e incêndio criminoso. Cerca de 96 dispositivos eletrônicos foram apreendidos após buscas em suas casas em Los Angeles e Miami.

Entre as provas que serão apresentadas ao júri estão vídeos, registros de hotel, mensagens de texto e e-mails. Além disso, serão exibidas imagens de segurança do momento em que Combs agride Cassie em um hotel em Los Angeles em 2016.

Justiça e estratégia

Combs recusou um acordo judicial que poderia ter reduzido sua pena e permanece preso em Nova York desde setembro de 2024, considerado uma ameaça às vítimas e testemunhas. O julgamento está sendo conduzido pelo juiz Arun Subramanian, o primeiro de origem sul-asiática a ocupar um cargo na Corte Federal do Distrito Sul de Nova York.

A acusação está a cargo de um time de oito promotores, incluindo Maurene Comey, filha do ex-diretor do FBI James Comey. Ela também participou do caso que resultou na condenação de Ghislaine Maxwell.

Histórico polêmico

Esta não é a primeira vez que Diddy enfrenta um tribunal. Em 2001, foi absolvido da acusação de portar arma ilegal em uma boate onde três pessoas foram baleadas. Na ocasião, o rapper Shyne, que estava com Combs, foi condenado e cumpriu nove anos de prisão.

Agora, o julgamento iniciado em 5 de maio de 2025 poderá definir o futuro de um dos maiores nomes da música americana — não nos palcos, mas no banco dos réus.



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