.jpg)
Guns N' Roses, Oasis e Linkin Park anunciam turnês em 2025, mas os ingressos caros levantam um debate importante: esses shows ainda são para o fã de rock raiz?
2025 parece estar escrito nas estrelas como o ano da nostalgia do rock. E não qualquer nostalgia: estamos falando de três nomes gigantes que marcaram gerações — Guns N' Roses, Oasis (sim, com os irmãos Gallagher juntos de novo!) e até Linkin Park, que retorna com uma nova formação e homenagens a Chester Bennington.
Os anúncios dos shows tomaram as redes de assalto, e a reação foi imediata: gritaria, emoção e... revolta com os preços.
Os ingressos estão caríssimos. E essa é uma crítica que precisa ser feita.
Com valores que muitas vezes ultrapassam R$ 700 só na pista, sem contar taxas e “experiências VIP”, surge a pergunta inevitável: esses shows são realmente para o fã de rock raiz? Aquele que cresceu ouvindo os discos riscados, vestindo a camisa da banda com orgulho, mas hoje mal consegue pagar o básico do mês?
Parece que não. A sensação é que esses eventos viraram experiências “premium”, voltadas a um público de elite. E não adianta justificar com “custo de produção”. O rock sempre foi popular, acessível, contestador — não um produto gourmetizado embalado em marketing e vendido como luxo.
O Guns N' Roses, que já lotou estádios com ingressos populares, hoje parece mais preocupado com camarotes do que com quem canta “Welcome to the Jungle” desde os tempos de fita cassete.
O Oasis, que falava para a classe trabalhadora britânica, agora parece inatingível para quem sempre se identificou com suas letras.
E o Linkin Park, que deu voz aos adolescentes quebrados do início dos anos 2000, agora está de volta com preços que excluem justamente esse público.
É emocionante ver essas bandas no Brasil novamente. Mas também é triste perceber que o espírito de comunidade e rebeldia do rock está sendo vendido ao capital mais voraz. E, nesse ritmo, vai sobrar só vídeo no YouTube e áudio em streaming para a maioria dos fãs que fizeram essas bandas serem o que são.
A pergunta que fica é: quem é o público real desses shows? Quem pode pagar? E quem foi deixado de fora?
Porque, no fim das contas, não adianta trazer o rock de volta aos palcos... se ele não couber mais no bolso de quem sempre o carregou no peito.
#RockDeVerdade #GunsNRoses #Oasis2025 #LinkinPark #VoltaDasBandas #IngressosAbusivos #FãDeRock #RockPopular #RockOuLuxo #CulturaDeShow
0 Comentários