FIFA divulga pacotes de ingressos VIP para a Copa do Mundo 2026 nos EUA com preços que chegam a US$ 73 mil. Saiba o que está incluso, as opções disponíveis e o que esperar da venda regular.
Faltando pouco mais de um ano para o pontapé inicial da Copa do Mundo FIFA 2026, a entidade máxima do futebol divulgou os primeiros pacotes de ingressos para os jogos nos Estados Unidos — e os preços já estão causando polêmica.
Com o torneio expandido para 48 seleções e um total de 104 partidas ao longo de cinco semanas, a próxima edição do Mundial será a maior da história. Sediada em conjunto por Estados Unidos, Canadá e México, a Copa terá 11 das 16 cidades-sede localizadas em solo norte-americano, abrigando partidas em estádios gigantescos e icônicos do país.
Os pacotes disponíveis: luxo, exclusividade e cifras exorbitantes
A FIFA, em parceria com a empresa de hospitalidade On Location, lançou três tipos de pacotes: por estádio, por seleção e por grupo de partidas. O mais "acessível" entre eles parte de US$ 5.300 (cerca de R$ 27 mil) por pessoa, enquanto o mais caro atinge impressionantes US$ 73.200 (cerca de R$ 370 mil).
A opção mais luxuosa garante acesso a todos os oito jogos no MetLife Stadium, incluindo a final da Copa do Mundo, com assentos na lateral do campo e acesso a um lounge exclusivo à beira do gramado. Uma experiência VIP para poucos — bem poucos.
Para quem deseja acompanhar sua seleção favorita, o pacote “Follow My Team” permite assistir aos três jogos da fase de grupos (e um possível jogo das oitavas de final) de um time específico. O valor mínimo? US$ 8.950 (cerca de R$ 45 mil) por pessoa. Exemplo: o torcedor que escolher a Espanha poderá ver "La Roja" em ação quatro vezes.
A alternativa mais "modesta" é o pacote “Four Match”, que dá direito a quatro partidas da fase de grupos à escolha do comprador — com exceção da estreia dos EUA — por US$ 5.300. Ainda assim, um valor muito acima da média para o público comum.
E os ingressos regulares?
Até o momento, a FIFA ainda não anunciou os preços dos ingressos convencionais, que devem começar a ser vendidos até o fim de 2025. A expectativa é de que os valores sejam mais acessíveis, embora o histórico recente da FIFA com hospitalidade premium indique o contrário.
Enquanto isso, o governo americano se prepara para receber torcedores de todas as partes do mundo. O vice-presidente JD Vance chegou a declarar que deseja que “todos” possam vivenciar o espetáculo, mas fez questão de alertar: os visitantes devem respeitar o tempo de estadia e deixar o país após o fim do torneio.
Uma crítica necessária
Apesar do entusiasmo em torno da Copa do Mundo, os pacotes de ingressos divulgados escancaram a elitização do evento. Com preços inacessíveis para a maioria dos torcedores, a FIFA parece seguir priorizando o lucro acima da inclusão. O futebol, paixão global e símbolo de união entre os povos, corre o risco de se tornar um espetáculo reservado à elite — ao menos nas arquibancadas.
Se a promessa era de uma Copa “para todos”, o anúncio desses pacotes indica o oposto. Fica agora a esperança de que a venda de ingressos comuns traga preços mais justos e democráticos, compatíveis com o espírito do esporte mais popular do planeta.
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