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Trump Proíbe Entrada de Estudantes Internacionais da Harvard em Ordem Considerada Ilegal

 

Trump Proíbe Entrada de Estudantes Internacionais da Harvard em Ordem Considerada Ilegal

Donald Trump anunciou a proibição de entrada de estudantes internacionais da Harvard nos EUA, uma medida chamada de "ilegal" pela universidade. Saiba mais sobre a controvérsia e suas implicações. #Trump #Harvard #Imigração #Educação #EUA

Em 4 de junho de 2025, o presidente Donald Trump emitiu uma ordem executiva proibindo a entrada de estudantes internacionais da Universidade de Harvard nos Estados Unidos e instando o Secretário de Estado, Marco Rubio, a considerar a revogação de vistos existentes. A medida, anunciada na quarta-feira à noite, foi qualificada como "ilegal" pela Harvard, que prometeu contestá-la judicialmente. A ação marca uma escalada no embate entre Trump e a universidade da Ivy League, alvo de críticas por suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), apoio a atletas transgêneros e suposto antissemitismo. Confira os detalhes e o impacto dessa decisão.

Uma Ordem Inédita Contra Harvard

Pela primeira vez, Trump utilizou diretamente o poder presidencial contra uma instituição específica, invocando a Seção 212(f) da Lei de Imigração e Nacionalidade, que permite restringir a entrada de estrangeiros considerados "prejudiciais aos interesses dos EUA". Em sua proclamação, Trump justificou: “A conduta da Harvard a tornou um destino inadequado para estudantes e pesquisadores estrangeiros.” A ordem também solicita que Rubio avalie a revogação de vistos de estudantes já matriculados, afetando potencialmente cerca de 5.000 alunos internacionais (Harvard Crimson, 2024).

A Harvard, por meio do porta-voz Jason Newton, condenou a medida como uma "retaliação ilegal" que viola os direitos da universidade sob a Primeira Emenda. “Harvard continuará protegendo seus estudantes internacionais”, afirmou Newton. A universidade planeja contestar a ordem nos tribunais, seguindo uma decisão da juíza Allison Burroughs, de Massachusetts, que em maio de 2025 bloqueou uma tentativa do Departamento de Segurança Nacional de restringir matrículas internacionais (The New York Times).

Contexto Político e Retaliação

A ordem reflete uma campanha mais ampla da administração Trump contra universidades de elite, especialmente Harvard, que se tornou um símbolo de resistência às políticas conservadoras. Trump tem criticado a instituição em redes sociais e entrevistas, acusando-a de promover antissemitismo, programas DEI e apoio a atletas transgêneros (The Wall Street Journal). Até agora, as sanções contra Harvard incluíam cortes de financiamento federal e investigações, mas a proibição de entrada é a medida mais agressiva.

A ação também responde a uma derrota judicial, já que Burroughs bloqueou restrições anteriores. David Super, especialista em direito administrativo da Universidade de Georgetown, afirmou que a ordem de Trump é juridicamente frágil: “A hostilidade de Trump à liberdade de expressão da Harvard não sustenta alegações de segurança nacional” (Reuters). Tribunais podem anular a medida, considerando-a uma retaliação política.

Impacto nos Estudantes

A ordem gerou angústia entre os estudantes internacionais da Harvard. Leo Gerdén, recém-graduado da Suécia, chamou a medida de “absolutamente indignante” e “desumanizante”. Karl Molden, aluno austríaco do terceiro ano, disse estar “exausto, assustado e desanimado” (The New York Times). Chats de WhatsApp e a linha de apoio da Oficina Internacional da Harvard registraram confusão, com o pessoal da universidade igualmente perplexo.

Não está claro como a ordem será implementada, especialmente para estudantes já nos EUA com vistos válidos. A Seção 212(f) foi usada historicamente contra indivíduos de países ligados a abusos de direitos humanos ou corrupção, não contra estudantes de uma universidade específica (American Immigration Council). A Casa Branca não respondeu a pedidos de esclarecimentos (The New York Times).

Reações e Críticas

Kirsten Weld, professora de história e líder sindical da Harvard, criticou a medida por “causar estragos na vida de milhares de jovens”. Ela defendeu o impacto da pesquisa da universidade em áreas como Alzheimer e câncer pediátrico, pedindo que o governo pare de atacar a liberdade de expressão e os contratos federais (Harvard Crimson).

A ordem também se alinha com outras ações imigratórias de Trump, como a proibição de entrada de cidadãos de 12 países e a revogação de vistos de estudantes chineses, proposta por Rubio (Reuters). Essas medidas reforçam a postura anti-imigração da administração, mas enfrentam resistência judicial e críticas de organizações como o Conselho Americano de Imigração.

Perspectivas Futuras

A proibição de Trump enfrenta desafios legais significativos, com tribunais provavelmente examinando sua base constitucional e motivações políticas. Enquanto isso, a Harvard e seus estudantes se preparam para um período de incerteza, com a comunidade acadêmica global acompanhando o caso como um teste à autonomia universitária nos EUA.

A ordem reflete não apenas um embate com Harvard, mas uma tentativa de alinhar a educação superior à agenda de Trump, em um momento de crescente polarização política. “Devemos esperar que os tribunais nos defendam”, escreveu Molden, ecoando o sentimento de muitos.



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