
A vacinação é uma das estratégias mais eficazes para a prevenção e o controle de doenças, reduzindo o risco de surtos, epidemias e hospitalizações. No Distrito Federal, 18 vacinas estão disponíveis no Programa Nacional de Imunização (PNI), contemplando desde bebês até idosos. Apesar dos esforços da Secretaria de Saúde (SES-DF), desafios persistem na adesão da população e na ampliação das coberturas vacinais.
Um sistema robusto, mas com desafios
O DF conta com mais de 100 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que oferecem vacinas gratuitas para diferentes faixas etárias. A imunização começa no nascimento, com as vacinas BCG e hepatite B, e segue ao longo da vida, incluindo proteções contra poliomielite, meningite e sarampo. No entanto, apesar da estrutura disponibilizada, algumas vacinas ainda estão abaixo da meta de 95% de cobertura, como a pentavalente e a da polio, que registraram em torno de 86% no último levantamento.
A preocupação se estende também para a imunização de adolescentes. Segundo a gerente substituta da Rede de Frio da SES-DF, Karine Castro, há um grande empenho para atingir esse público, que muitas vezes é negligenciado. A vacina contra o HPV e a meningocócica ACWY são essenciais para essa faixa etária, mas a adesão é baixa em comparação às vacinas infantis.
Estratégias para ampliar a cobertura
Diante dos desafios, a SES-DF tem adotado estratégias para facilitar o acesso à imunização. Além da oferta nas UBSs, a vacinação tem ocorrido em escolas, feiras e locais de grande circulação, como shoppings e parques. Iniciativas como o "carro da vacina" também buscam aumentar os índices de imunização.
A vacina contra a dengue (Qdenga) também passou a ser administrada simultaneamente a outras vacinas do PNI, como a da gripe, covid-19 e febre amarela. Essa mudança, respaldada por estudos que garantem a segurança da coadministração, pode facilitar a adesão da população e melhorar as taxas de cobertura.
O impacto da desinformação
Apesar dos benefícios comprovados das vacinas, a desinformação segue sendo um obstáculo. A disseminação de fake news e o medo infundado sobre efeitos adversos afastam parte da população da imunização, comprometendo a proteção coletiva. Campanhas educativas são fundamentais para esclarecer a importância das vacinas e combater mitos.
A vacinação no DF avançou significativamente, mas ainda enfrenta desafios na adesão do público-alvo e na desinformação. Ampliar a cobertura vacinal depende de esforços contínuos da SES-DF e do engajamento da população. A imunização é um ato de responsabilidade coletiva que protege não apenas o indivíduo, mas toda a sociedade.
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