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Desrespeito e Frustração na Bola de Ouro 2024: Vini Jr. Decepcionado e o Futebol Feminino Subestimado Novamente


Mais um ano, mais uma cerimônia do (Bola de Ouro)Ballon d'Or, e com ela, uma avalanche de decepções e críticas. Se Vini Jr. lamenta não ter conquistado o prêmio que Rodri levou, o que vive o futebol feminino é uma frustração ainda mais profunda e crônica. A premiação de 2024 mostra como o evento, que deveria celebrar o auge do futebol, insiste em minimizar as conquistas e o talento de suas atletas.

Aitana Bonmatí, talentosa meio-campista do Barcelona, ergueu o troféu principal pela segunda vez. Porém, seu momento de vitória foi cercado por sinais claros de descaso: a escolha de Novak Djokovic, crítico da igualdade de gênero, para apresentar o prêmio, foi um retrocesso doloroso para as mulheres no esporte. Opções que representassem o avanço, como Andy Murray ou Billie Jean King, foram ignoradas em favor de figuras que reforçam antigas barreiras.

Além disso, a cerimônia foi agendada durante as datas FIFA do futebol feminino, privando várias indicadas de participarem. A treinadora da seleção inglesa, Sarina Wiegman, vencedora do prêmio de Treinadora Feminina do Ano, lamentou a impossibilidade de comparecer ao evento por conflito de agenda, destacando a falta de respeito em coordenar o evento com os compromissos das atletas. Esse planejamento falho reflete uma constante subestimação das mulheres no futebol, que seriam tratadas de forma muito diferente se fossem homens.

O descaso não para por aí. Enquanto jogadores masculinos têm categorias específicas como o Troféu Kopa para jovens e o Troféu Yashin para goleiros, o futebol feminino continua sem prêmios equivalentes. E até mesmo quando o Barcelona Feminino foi agraciado como Clube do Ano, o discurso desviou para o desempenho do time masculino, como se o sucesso das mulheres precisasse ser justificado pela glória masculina.

Ano após ano, as mesmas queixas são levantadas, e ano após ano, nada muda. O que deveria ser um evento para honrar o futebol feminino, junto ao masculino, falha em dar o devido respeito às suas atletas e suas conquistas. Se o Ballon d'Or realmente deseja construir um legado justo e inclusivo, precisa urgentemente revisar suas práticas. Chegou o momento de transformar palavras em ação e garantir que, em 2025, o evento seja uma celebração verdadeira e igualitária para todos no futebol.

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