A publicação de um documento
interno decretando anistia a 450 policiais que cumpriam punições administrativas
causou a queda do comandante da PM do Rio de Janeiro o coronel Erir Ribeiro da
Costa Filho.
Não creio que uma pessoa com o
passado e o currículo do coronel Costa Filho tenha agido de má fé ao decretar
esta anistia, acredito que ele realmente estava querendo motivar a tropa,
afinal não podemos esquecer que há cerca de 10 anos este mesmo Erir Ribeiro da
Costa Filho que à época era tenente-coronel foi retirado do comando da
PM do Rio, supostamente a pedido de traficantes e declarou para quem quisesse
ouvir que o então secretário de esportes e presidente da Suderj, Francisco de
Carvalho, o Chiquinho da Mangueira, pediu-lhe para reduzir o número de ações da
PM no Morro da Mangueira. Segundo o relatório do, então tenente-coronel, Erir
Ribeiro Costa Filho, os traficantes queriam uma espécie de trégua, pois estavam
“acuados” e não estavam “vendendo nada”. Com certeza é desnecessário falar que
o secretário de esportes negou a acusação.
Apesar de ter convicção que o comandante não agiu de má fé, a atitude dele foi no mínimo impensada e com certeza teve uma repercussão desastrosa. Em um momento em que a
sociedade cobra transparência nas ações policiais, e principalmente em uma
corporação como a do Rio de Janeiro com um histórico que não inspira confiança
por parte da população tento ainda um agravante, o sumiço do pedreiro Amarildo
Dias de Souza. Definitivamente este não era o momento para uma ação
destas.
Espero que o novo comandante
possa dar uma resposta para a sociedade à altura que é esperada.
Reuber L. Silva
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