A genialidade e o ataque fulminante do esquadrão branco que encantou o
mundo na década de 60 frente a frente com o toque de bola e a
movimentação letal da equipe azul-grená que parece imbatível nos dias
atuais. Camisas 10 lendários. Ataques fulminantes. Alguns dos melhores
"coadjuvantes" já vistos em campo. Você pode nunca ter imaginado o duelo
entre o Santos de Pelé e companhia contra o Barcelona de Messi e sua
trupe, mas em algum canto do mundo alguém já tentou projetar esse
confronto.
Em comemoração ao centenário do clube de Vila Belmiro, o
LANCENET! propôs ao colunista Mauro Beting uma análise tática dessa
partida imaginária.
Leia e entenda melhor como jogava
aquele Santos, "viaje" imaginando como seria o confronto e, se é que é
possível - e preciso - dê seu palpite: quem ganharia?
O jogo dos séculos
O
campeão do Século XX do gênio universal Pelé x o campeão do século XXI
do mito mundial Messi. É impossível comparar o futebol em 50 anos. Mas
há como afirmar que o Santos 1962-63 e o Barcelona 2011-12 são duas
equipes que tornam quase impossível a tarefa de vencê-las.
Individualmente
melhor, o Santos do técnico Lula atuava no 4-2-4 da época. Pelé saía um
pouco mais da área, eventualmente os pontas Dorval e Pepe voltavam para
buscar o jogo. Mas os quatro de frente no máximo cercavam a saída de
bola rival. Não era preciso marcar com todos naquele tempo. A bucha
sobrava para Mengálvio, mais à direita, e Zito, mais atrás. Os laterais
Lima e Dalmo avançavam pouco. Havia pontas espetaculares para fazer o
serviço no ataque.
A base tática de Guardiola é o 4-3-3.
Coletivamente superior, todos participam do jogo criativo (até Valdés), e
todos dão o bote na marcação (até Messi, quase sempre).
No
confronto, os laterais catalães teriam de ficar mais atrás por conta de
Dorval e Pepe, e Busquets ficaria mais próximo da zaga para seguir Pelé.
Mas sobraria mais espaço no meio para o Barça ficar com a bola. Os
confrontos Xavi-Zito e Iniesta-Mengálvio seriam decisivos pelo controle
da bola. Xavi teria mais espaço por vir mais de trás.
Jogo duro,
que poderia ser decidido na genialidade de Pelé. Ou Messi. Ou, se
possível, como presente de centenário, Neymar como opção para o segundo
tempo santista.
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