A NASA documenta a mais intensa tempestade solar em duas décadas, com auroras visíveis em regiões incomuns, interferências em satélites e alertas de turbulência solar nos próximos dias.
As famosas auroras boreais, conhecidas como “luzes do norte”, são um espetáculo natural causado pela interação entre o vento solar e o campo magnético da Terra. O fenômeno resulta em luzes vibrantes nos céus, geralmente em tons verdes e púrpura, especialmente visíveis em altas latitudes.
Em meio a esse cenário, a NASA registrou a maior tempestade solar dos últimos 20 anos, com impactos diretos na Terra e em seus arredores. Satélites foram desviados, comunicações sofreram interferências e auroras puderam ser vistas em regiões onde normalmente não ocorrem, como partes do sul dos Estados Unidos.
Uma das imagens mais impressionantes foi captada pela astronauta Nichole Ayers, da missão Crew-10 da SpaceX, que está na Estação Espacial Internacional desde 14 de março. Em sua postagem na rede social X, Ayers comentou:
“A aurora apareceu no fim de semana passado quando menos esperava! Estava tentando capturar as grandes tempestades que cruzavam a América do Norte e do Sul, e tive uma bela surpresa. A aurora surgiu bem no pôr do sol sobre o norte dos EUA e Canadá. Também fico fascinada com a quantidade de satélites orbitando a Terra. Há muito o que compartilhar com vocês!”
Além disso, o Observatório de Dinâmica Solar da NASA capturou uma poderosa chama solar de classe X — a mais intensa na escala — no dia 30 de março, às 18h35 UTC. O aumento da atividade solar levou a NASA a emitir um alerta de condições turbulentas para os próximos dias, o que pode afetar sistemas de navegação, energia e telecomunicações.
Nichole Ayers, nascida no Colorado, foi selecionada pela NASA em 2021 e passou a integrar o corpo de astronautas em janeiro de 2022. Com formação em matemática e mestrado em matemática computacional pela Universidade Rice, Ayers se destaca também pela captura de imagens científicas em órbita.
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