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Imane Khelif e a polêmica sobre sua identidade de gênero após o ouro nos Jogos de Paris 2024

Imane Khelif e a polêmica sobre sua identidade de gênero após o ouro nos Jogos de Paris 2024

Boxeadora argelina Imane Khelif venceu o ouro em Paris 2024 e enfrenta novas acusações sobre sua identidade de gênero. Entenda o caso, os posicionamentos da World Boxing e do COI, e os desdobramentos rumo a Los Angeles 2028.

A argelina Imane Khelif, campeã olímpica de boxe na categoria até 66kg nos Jogos de Paris 2024, voltou ao centro de uma intensa controvérsia. A World Boxing, novo órgão que regula o boxe amador internacional, anunciou a implementação de testes obrigatórios de sexo a partir de julho de 2025, citando o caso de Khelif como exemplo.

Apesar de ter sido autorizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a competir — uma vez que nasceu mulher, segundo registros oficiais —, a boxeadora foi suspensa de torneios da World Boxing até se submeter ao exame. A organização afirmou que a decisão visa garantir segurança e equilíbrio competitivo entre os atletas.

O caso remonta ao Campeonato Mundial de 2023, quando Khelif e a atleta Lin Yu-ting, de Taiwan, foram desclassificadas por falharem em exames de gênero, segundo a então Associação Internacional de Boxe (AIB). Laudos indicavam a presença de cariótipo masculino. O COI, no entanto, rebateu a alegação, reforçando que Khelif não é uma atleta transgênero e sempre competiu como mulher.

Após conquistar o ouro em Paris, Khelif denunciou uma “campanha misógina, racista e sexista” contra sua imagem. Seu pai, Omar, e o presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, a defenderam publicamente, reforçando sua trajetória como mulher desde o nascimento. A própria Khelif reafirmou que lutará para defender seu título nos Jogos de Los Angeles 2028.

O novo protocolo da World Boxing exige que atletas com mais de 18 anos passem por um teste genético do tipo PCR (polimerase), que identifica o sexo biológico com base em material cromossômico. Em caso de dúvidas ou disputas, exames adicionais podem incluir análises hormonais e anatômicas feitas por especialistas.

A repercussão internacional segue intensa, especialmente após declarações da escritora J.K. Rowling e outras figuras públicas questionando a legitimidade da vitória de Khelif, o que levou o caso a ser investigado pelo Ministério Público da França por discurso de ódio digital.




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