A mobilização, que busca reajuste salarial, melhores condições de trabalho, realização de concurso público e investimentos na infraestrutura das escolas, mantém cerca de 40% das unidades de ensino com atividades paralisadas, segundo informações do próprio sindicato. A categoria reivindica diálogo e atendimento às pautas apresentadas ao Governo do Distrito Federal (GDF).
O ponto central da disputa judicial é a legalidade da greve e a aplicação da multa. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) havia considerado a greve ilegal e estipulado uma multa diária de R$ 100 mil. O Sinpro-DF, por sua vez, argumenta que o direito à greve é constitucional e busca, através do recurso, anular a multa e garantir a continuidade das negociações com o governo sem a pressão financeira.
Representantes sindicais afirmam que a luta vai além das questões salariais, abrangendo a defesa da qualidade da educação pública e a valorização dos profissionais. "Não estamos lutando apenas por salários, mas pela dignidade da profissão e pela qualidade da educação pública", afirmou uma professora participante do movimento ao portal Notícias do Brasil.
O GDF, por outro lado, critica a manutenção da greve, alegando prejuízos aos estudantes e classificando a multa como uma medida necessária para garantir o retorno às aulas. O governador Ibaneis Rocha chegou a declarar que o sindicato estaria usando os professores em uma disputa política.
A situação segue indefinida, aguardando a decisão da Justiça sobre o recurso do sindicato. Enquanto isso, a comunidade escolar acompanha apreensiva os desdobramentos, esperando uma solução que contemple as demandas dos professores e minimize os impactos no calendário letivo dos estudantes da rede pública do Distrito Federal.
0 Comentários