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Com a estiagem, ataques de abelhas aumentam no DF. Saiba como agir, evite riscos e proteja esses polinizadores essenciais. Ligue 193 em emergências e respeite as leis ambientais.
Com a chegada da estiagem no Distrito Federal, as queimadas no Cerrado intensificam a migração de abelhas e outros animais silvestres para áreas urbanas, aumentando o risco de ataques. No último mês, o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) atendeu duas ocorrências de ataques de abelhas, em Samambaia e Taguatinga, com vítimas hospitalizadas. Aja com cuidado e siga as orientações para evitar acidentes e proteger esses polinizadores essenciais.
Riscos e Contexto
As queimadas, comuns na estiagem, destroem habitats naturais, forçando abelhas a buscar abrigo em áreas urbanas. Estressadas, elas podem atacar para defender novas colmeias. Em maio de 2025, o CBMDF registrou incidentes na Quadra 207 de Samambaia e na Rua 6 de Taguatinga, evidenciando a gravidade do problema. Apesar de sua importância ecológica – as abelhas polinizam plantas essenciais ao equilíbrio do Cerrado –, a convivência com humanos exige precaução.
A Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/1998) proíbe a destruição de colmeias, já que muitas espécies de abelhas do Cerrado estão ameaçadas. No entanto, a falta de ações preventivas e de conscientização dificulta a gestão desse conflito entre segurança pública e preservação ambiental.
O Que Fazer
Para evitar ataques:
Não provoque abelhas: Nunca mexa em colmeias ou enxames, pois isso pode desencadear reações agressivas.
Afaste-se com calma: Ao avistar um enxame, evite movimentos bruscos, agitação de mãos ou barulhos altos.
Procure abrigo: Em caso de ataque, busque um ambiente fechado, como uma casa ou veículo, e ligue imediatamente para o CBMDF (193).
Trate picadas corretamente: Lave a área com água fria, aplique compressas frias ou gelo para reduzir dor e inchaço. Use um objeto rígido (como um cartão) para raspar o ferrão, sem pressioná-lo.
Se houver sintomas graves, como falta de ar, inchaço na garganta ou tontura, procure atendimento médico imediatamente.
O Que Não Fazer
Não tente remover colmeias: Evite usar produtos inflamáveis, perfurocortantes ou qualquer método caseiro, que pode causar quedas, lesões ou incêndios.
Não pressione ferrões: Isso aumenta a injeção de peçonha, agravando a lesão.
Não entre em pânico: Movimentos descontrolados ou tentativas de atacar as abelhas pioram a situação.
O tenente Éber Silva, do CBMDF, alerta: “Tentar remover enxames sem preparo pode causar danos graves, tanto para a pessoa quanto para o meio ambiente.” Chame profissionais em vez de agir por conta própria.
Quando Acionar o CBMDF ou Apicultores
Emergências: Se a colmeia representa risco iminente (próxima a áreas de grande circulação), ligue para o 193. O CBMDF avalia e intervém, mas atua apenas de forma reativa, sem ações preventivas.
Colmeias sem risco: Para enxames em locais afastados ou de espécies sem ferrão, contrate um apicultor para remoção segura, respeitando as leis ambientais.
Críticas e Recomendações
Embora o CBMDF ofereça orientações claras, o sistema de resposta às abelhas no DF tem lacunas:
Falta de prevenção: O CBMDF não realiza vigilância ou ações preventivas, limitando-se a atendimentos emergenciais.
Conscientização insuficiente: A população desconhece os riscos de interagir com colmeias e a importância ecológica das abelhas.
Impacto das queimadas: A ausência de políticas robustas de combate a incêndios florestais agrava a migração de abelhas para áreas urbanas.
Apoio limitado a apicultores: Não há programas amplos para capacitar ou subsidiar apicultores na remoção de colmeias.
Para melhorar, o GDF deve:
Investir em educação ambiental: Promover campanhas sobre a importância das abelhas e os riscos de interagir com enxames.
Fortalecer o combate a queimadas: Ampliar brigadas florestais e fiscalizações para reduzir a destruição de habitats.
Criar redes de apicultores: Estabelecer parcerias com apicultores para remoções seguras e acessíveis.
Monitorar áreas de risco: Mapear locais propensos à formação de colmeias urbanas e agir preventivamente.
Aja com Responsabilidade
Proteja-se e preserve as abelhas: evite contato com enxames, chame o CBMDF (193) em emergências e contrate apicultores para remoções seguras. Não ignore os sinais de risco – uma colmeia mal manejada pode causar acidentes graves. Cobre do GDF mais ações preventivas e educativas para equilibrar segurança e preservação ambiental. As abelhas são vitais para o Cerrado – respeite-as e ajude a protegê-las.
Fonte: Agência Brasília
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