
A revolução logística está em curso: descubra como inteligência artificial, automação e análise granular estão transformando entregas, reduzindo custos e tornando o setor mais estratégico do que nunca.
Logística em transformação: da incerteza à entrega em menos de duas horas
Até pouco tempo atrás, comprar online era um exercício de paciência: o consumidor fazia o pedido e aguardava sem saber exatamente quando ele chegaria. Mas essa realidade mudou radicalmente. Hoje, entregas podem ser programadas com precisão de meia hora, rastreadas em tempo real por mapas digitais e comprovadas com fotos no momento da entrega.
Essa transformação acelerada tem uma explicação clara: o avanço tecnológico impulsionado principalmente a partir da pandemia de COVID-19.
Roteiros inteligentes e IA: o novo coração da logística moderna
Um dos grandes saltos foi a automação das rotas de entrega. A inteligência artificial (IA) já é capaz de calcular cada minuto na estrada e ajustar percursos com base em tráfego, capacidade do veículo e tipo de produto — reduzindo custos operacionais entre 10% e 20%.
Carlos Díaz Ojeda, diretor da DispatchTrack na América Latina, destaca que ainda há empresas grandes que montam rotas manualmente. Mas a tendência é clara: com IA, é possível atingir até 98% de precisão no tempo estimado de entrega. Isso se traduz em eficiência para empresas que operam com centenas ou milhares de veículos — como Walmart, Coca-Cola e Ferguson, que contam com as soluções SaaS da DispatchTrack para mais de um milhão de entregas diárias.
A logística vai além da “última milha”
A entrega até a porta do cliente, conhecida como "última milha", é só parte do processo. Quando uma entrega falha — como no caso de uma farmácia ou um insumo industrial —, a atualização imediata dos sistemas internos evita prejuízos logísticos e financeiros. A tecnologia permite registrar a falha com o celular do entregador, sincronizando dados com estoques e sistemas de faturamento em tempo real.
No entanto, muitas empresas ainda não estão preparadas para isso. A falta de integração entre sistemas resulta em produtos parados em estoque, retrabalho e aumento nos custos.
O custo unitário virou obsessão
A eficiência logística não é medida apenas em tempo, mas em centavos. Cada hora de trajeto, cada devolução ou entrega não realizada impacta diretamente o chamado “custo unitário”. Empresas como Walmart adotam uma abordagem granular, ajustando operações trimestralmente para identificar pontos de economia invisíveis numa análise superficial.
Essa gestão detalhada é o que separa líderes logísticos de concorrentes que ainda operam de forma reativa e pouco otimizada.
Entregas ultrarrápidas: menos de 2 horas virou padrão
Com o e-commerce cada vez mais competitivo, entregas em menos de duas horas se tornaram uma promessa comum. Mas como isso é possível?
A chave está na combinação de múltiplos centros de distribuição espalhados pelas cidades — como farmácias e restaurantes — com sistemas automatizados que fazem a alocação de pedidos em tempo real, sem intervenção humana. Se o sistema demorar alguns segundos, a entrega já não chega no prazo.
Empresas também estão combinando frotas próprias com serviços terceirizados como Uber Direct e Rappi, usando apenas a estrutura de transporte, sem os custos de venda e visibilidade dessas plataformas.
O que vem pela frente: automação total e decisões em segundos
O futuro da logística não está apenas na velocidade, mas na capacidade de adaptação em tempo real. O setor caminha para modelos cada vez mais dinâmicos, conectados e autônomos. Algoritmos estão sendo desenvolvidos para reconfigurar rotas em segundos diante de bloqueios, manifestações ou mudanças climáticas.
Carlos Díaz Ojeda alerta que o modelo logístico tradicional está com os dias contados. Restaurantes já conseguem entregar em menos de 15 minutos — e isso tende a se expandir para outros setores.
Logística deixa de ser bastidor e assume protagonismo
A nova era da logística exige mais do que entrega rápida: é preciso eficiência em cada elo da cadeia, com integração total entre sistemas, otimização de recursos e controle em tempo real. O setor deixou de ser apenas uma operação invisível para se tornar um pilar estratégico fundamental para qualquer empresa que queira competir no cenário digital.
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