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GDF propõe bolsa para residentes em Medicina de Família e Comunidade: um avanço necessário, mas com desafios


GDF propõe bolsa para residentes em Medicina de Família e Comunidade: um avanço necessário, mas com desafios

GDF propõe bolsa complementar de R$ 7.536 para residentes em Medicina de Família e Comunidade, reforçando a atenção primária no DF. Entenda os detalhes, benefícios e desafios do Promed.

O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou um projeto de lei que, se aprovado pela Câmara Legislativa (CLDF), criará uma bolsa complementar para residentes de Medicina de Família e Comunidade. Batizado de Programa de Bolsa Complementar de Estudo e Pesquisa para Residentes de Medicina de Família e Comunidade (Promed), o valor mensal será de R$ 7.536, somado à bolsa paga pelo Governo Federal ou pelo próprio GDF.

A iniciativa é louvável, considerando que a medicina de família é essencial para a saúde pública, principalmente em um sistema que precisa cada vez mais fortalecer a atenção primária. A Secretaria de Saúde (SES-DF), em parceria com a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), ficará responsável pela coordenação e pagamento das bolsas, além de definir anualmente o número de contemplados.

O que o Promed oferece?

O programa prevê um regime especial de treinamento em serviço, com carga horária de 60 horas semanais. Os residentes terão direito a uma folga semanal e 30 dias de descanso por ano. O pagamento será mensal, com os descontos legais previstos.

Além disso, as unidades públicas que oferecerem residência nessa especialidade serão reconhecidas como unidades de saúde-escola — um importante passo para valorizar a formação prática e a integração dos residentes com o serviço público.

E os desafios?

Apesar dos pontos positivos, a criação do Promed ainda enfrenta desafios. O projeto depende da aprovação da Câmara Legislativa, e é preciso garantir que o remanejamento das bolsas — caso não sejam preenchidas — seja transparente e eficiente, priorizando sempre as áreas mais críticas da saúde pública.

Outro ponto que merece atenção é a sustentabilidade financeira da iniciativa a longo prazo. Complementar bolsas pode ser uma forma de atrair médicos para a atenção primária, mas o sistema precisa garantir condições adequadas de trabalho e valorização para que esses profissionais permaneçam no serviço público após a residência.

Quem poderá receber a bolsa?

Para se candidatar, o residente deverá:

  • Ter sido aprovado no processo seletivo de residência médica;

  • Estar cadastrado no Sistema Informatizado da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM);

  • Ter sido aprovado na avaliação anual da Comissão de Residência Médica (Coreme).

Por que isso importa?

A medicina de família e comunidade é a espinha dorsal do atendimento básico à saúde. Investir nessa especialidade significa promover a prevenção, reduzir a pressão sobre hospitais e especialistas, e garantir um cuidado contínuo e humanizado para a população.

No Distrito Federal, onde a demanda por serviços públicos de qualidade é alta, a valorização desses profissionais pode representar um avanço significativo no acesso e na eficiência do sistema de saúde.


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Fonte: Agência Brasília

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