A Sedes-DF abre abrigo provisório na 907 Sul para proteger pessoas em situação de rua do frio. Acesse serviços e dignidade, mas o plano precisa de mais escala e continuidade.
Com as temperaturas em queda no Distrito Federal, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) inaugura, a partir de 22 de maio de 2025, um abrigo provisório no Centro Integrado de Educação Física (Cief), na 907 Sul, para proteger pessoas em situação de rua. Operando das 19h30 às 6h, todos os dias, o espaço oferece acolhimento essencial, mas enfrenta desafios para atender a crescente população vulnerável. Procure o abrigo agora e exija mais ações para garantir dignidade e inclusão.
Estrutura e Serviços
O abrigo, com capacidade para 110 pessoas por turno, funcionará de domingo a domingo, com portões fechando às 22h ou ao atingir a lotação. Os serviços incluem:
Duas refeições: Café da manhã e jantar.
Acomodações: Colchões e cobertores limpos.
Higiene: Banho quente, kits de higiene e casacos da Campanha do Agasalho Solidário.
Assistência: Atendimento socioassistencial para conectar pessoas à rede de proteção do GDF.
A iniciativa, parte do Plano Distrital para a População de Rua, é executada por uma organização da sociedade civil em parceria com a Sedes e outros órgãos do GDF. A secretária Ana Paula Marra destaca: “O abrigo garante dignidade noturna, com um local seguro, quente e com serviços essenciais.” O secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, reforça: “Nosso compromisso é proteger vidas em risco, com ações pioneiras no Brasil.”
Contexto e Relevância
O DF registrou, em 2023, cerca de 2.000 pessoas em situação de rua, segundo a Sedes, com aumento durante períodos de frio intenso. O Plano Distrital, implementado há um ano, busca oferecer acolhimento e reinserção social, incluindo programas de capacitação para o mercado de trabalho. O abrigo provisório é uma resposta imediata às baixas temperaturas, que podem causar hipotermia e outros riscos à saúde. Contudo, a capacidade limitada e a natureza temporária da iniciativa levantam questões sobre sua sustentabilidade.
Críticas e Limitações
Apesar do esforço, o programa enfrenta obstáculos:
Capacidade insuficiente: Com apenas 110 vagas, o abrigo não atende toda a população em situação de rua, especialmente em regiões periféricas.
Caráter temporário: A solução sazonal não resolve a vulnerabilidade crônica, que exige abrigos permanentes e políticas de longo prazo.
Acesso limitado: A localização na 907 Sul dificulta o acesso para pessoas em áreas distantes, como Ceilândia e Samambaia, sem transporte gratuito.
Falta de divulgação: A ausência de campanhas amplas pode deixar muitos sem saber do abrigo ou dos serviços socioassistenciais.
Recomendações para Melhorias
Para fortalecer o acolhimento, a Sedes deve:
Ampliar vagas: Criar mais abrigos em outras regiões administrativas, como Taguatinga e Planaltina, para atender mais pessoas.
Garantir continuidade: Transformar abrigos provisórios em estruturas permanentes com serviços contínuos.
Facilitar acesso: Oferecer transporte gratuito ou equipes de abordagem social para levar pessoas ao abrigo.
Promover campanhas: Divulgar o abrigo em rádios comunitárias, redes sociais e pontos estratégicos, como rodoviárias.
Mobilize-se com Solidariedade
Procure o abrigo na 907 Sul a partir de 22 de maio, das 19h30 às 6h, se você ou alguém próximo está em situação de rua. Divulgue a iniciativa na sua comunidade para alcançar quem precisa. Exija da Sedes mais vagas, abrigos permanentes e transporte acessível. Participe da Campanha do Agasalho Solidário doando casacos e cobertores. Informações estão disponíveis no site da Sedes. Aja agora para garantir dignidade e proteção a todos no DF!
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Fonte: Agência Brasília
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