
Australiano foi deportado após passar 24 horas em uma prisão onde enfrentou gangues, ameaças e teve direitos básicos negados
O renomado treinador australiano de MMA, Renato Subotic, passou por uma experiência traumática ao desembarcar nos Estados Unidos para participar de um seminário. O que era para ser uma visita profissional acabou se transformando em um pesadelo: ele foi preso por um suposto erro em seu visto e jogado em uma prisão federal, onde enfrentou intimidação, violência, e teve negado até mesmo o direito a um telefonema.
Em uma publicação no Instagram, Subotic detalhou o que chamou de “provação irreal”. Segundo ele, ao passar pela imigração, foi levado para uma sala isolada e interrogado por horas. Mesmo com documentos e explicações sobre sua agenda, os agentes decidiram detê-lo por um "detalhe faltante" em seu pedido de visto.
“Eu acredito em respeitar as regras. Mas colocar alguém em uma prisão federal por um detalhe faltante em um pedido de visto? Isso é loucura”, desabafou o treinador.
Renato foi então algemado e levado para uma prisão federal, onde, segundo ele, teve todos os seus pertences recolhidos, foi revistado, fotografado e colocado em uma cela em condições degradantes. Seu colchão estava encharcado de sangue e urina, e logo após sua chegada, Subotic se envolveu em uma briga com dois presos que tentaram roubar seus pertences.
"Não dormi um segundo": a noite mais longa de sua vida
Na cela, o clima era de total insegurança. Subotic foi alertado por outros presos que os homens com quem brigou pertenciam a uma gangue e que ele poderia sofrer retaliações. Em meio à tensão, foi acolhido por um grupo de oração cristão, liderado por um preso venezuelano que o reconheceu como lutador. Ainda assim, ele relata que não conseguiu dormir nem por um minuto, temendo pela própria vida.
“Você ouvia as pessoas gritando. Sentia o que poderia estar acontecendo naquelas celas: estupros, espancamentos, pior”, escreveu o treinador.
Na manhã seguinte, sem qualquer aviso prévio, foi informado de que seria liberado e deportado. Um dos agentes, segundo Subotic, chegou a admitir o erro:
“Eles erraram feio. Não deveria ter acontecido dessa forma.”
Já de volta à Austrália, Renato pretende entrar com ação legal contra as autoridades americanas pelo tratamento que recebeu. Seu relato levanta novamente o debate sobre os procedimentos de imigração nos Estados Unidos e o risco de abusos até mesmo contra visitantes legais.
“É insano o quão facilmente alguém pode tirar sua liberdade, te trancar em uma prisão federal, sem uma razão clara. Simples assim, você é tratado como o pior criminoso”, finalizou.
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