
Como a saída de integrantes lendários alterou o som, a identidade e o futuro de grandes bandas do rock
Muitas bandas de rock icônicas se destacaram por causa da contribuição criativa de um integrante específico. Seja um vocalista com um timbre marcante, um guitarrista com solos inconfundíveis ou um compositor de mão cheia, a saída desses membros quase sempre muda o rumo da banda — e a percepção dos fãs.
Curiosamente, às vezes essa mudança traz uma renovação criativa ou abre portas para carreiras solo igualmente notáveis. Em outros casos, o grupo perde parte de sua identidade. A seguir, listamos 10 músicos que marcaram profundamente as bandas das quais fizeram parte — e o que aconteceu quando decidiram seguir outros caminhos.
10. Marty Friedman – Megadeth (1990–2000)
Guitarrista virtuoso, Marty Friedman imprimiu ao Megadeth um estilo melódico e com influências orientais, fugindo do thrash tradicional. Após o criticado álbum Risk, Marty deixou o grupo e mudou-se para o Japão, onde seguiu explorando novos estilos musicais. Em 2023, fez uma apresentação especial com a banda em Tóquio.
9. Tarja Turunen – Nightwish (1996–2005)
Tarja, soprano de formação clássica, deu identidade única ao Nightwish com seu vocal operístico. A demissão repentina, por carta aberta, chocou fãs. Anette Olzon assumiu o vocal, mas o som mudou bastante. Anos depois, a banda voltou às raízes sinfônicas com Floor Jansen.
8. Adam Gontier – Three Days Grace (1992–2013, 2024–presente)
A saída de Gontier revelou o conflito entre comercialismo e expressão pessoal. Sua voz crua e letras intensas deram lugar a um som mais melódico com Matt Walst. Em 2024, Gontier retornou à banda, dividindo os vocais e equilibrando os estilos.
7. Joey Jordison – Slipknot (1995–2013)
Joey era o coração rítmico do Slipknot. Composto, criativo e rápido, o baterista foi demitido por e-mail. Mais tarde revelou sofrer de mielite transversa, que afetou sua mobilidade. Mesmo fora da banda, deixou um legado enorme. Faleceu em 2021.
6. Geoff Tate – Queensrÿche (1982–2012)
A separação de Tate do Queensrÿche foi turbulenta, com brigas físicas e disputas judiciais. Ele perdeu os direitos sobre o nome da banda, mas manteve o uso exclusivo do álbum Operation: Mindcrime. Ambos os lados seguem em atividade, oferecendo aos fãs experiências distintas.
5. Jason Newsted – Metallica (1986–2001)
Newsted substituiu Cliff Burton e enfrentou resistência dentro da banda. Seus headbangings intensos o lesionaram e seu desejo por projetos paralelos gerou atrito com Hetfield. Após sair, mergulhou em projetos diversos, mostrando sua versatilidade.
4. John Lennon – The Beatles (1960–1969)
Lennon queria mais liberdade criativa e uma pegada mais experimental. Sua saída, seguida por McCartney, selou o fim dos Beatles. Todos os membros seguiram carreiras solo de destaque. Lennon seguiu explorando novas fronteiras com Yoko Ono.
3. Slash – Guns N' Roses (1985–1996, 2016–presente)
Slash deixou o Guns após desentendimentos com Axl Rose, que queria mudar o som da banda. Com seu estilo bluesy, Slash virou lenda e colaborou com artistas como Michael Jackson. Seu retorno em 2016 reacendeu a chama do hard rock clássico da banda.
2. David Lee Roth – Van Halen (1974–1985, 1996, 2007–2020)
Roth saiu do Van Halen no auge da banda, em 1985, buscando carreira solo. Foi substituído por Sammy Hagar, o que dividiu os fãs. Apesar das diferenças, Roth retornou para turnês comemorativas anos depois, mantendo viva a chama da banda até a morte de Eddie Van Halen.
1. Peter Gabriel – Genesis (1967–1975)
Peter Gabriel era a alma teatral do Genesis. Sua saída levou Phil Collins a assumir os vocais, iniciando uma fase mais pop e acessível da banda. Gabriel, por sua vez, brilhou em carreira solo, especialmente com o clássico Solsbury Hill.
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