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Asteroide 2024 YR4: Missão emergencial com o telescópio James Webb pode redefinir risco de impacto

 

Asteroide 2024 YR4: Missão emergencial com o telescópio James Webb pode redefinir risco de impacto

Em apenas alguns dias, o asteroide 2024 YR4 ganhou destaque após um aumento em suas chances de impacto com a Terra, de 1,6% para 2,3%, segundo os cálculos mais recentes. Classificado como potencialmente perigoso, o asteroide despertou a atenção da comunidade científica global. Uma equipe internacional de astrônomos solicitou com urgência a observação do asteroide pelo telescópio espacial James Webb, a mais poderosa ferramenta de observação disponível atualmente. A Agência Espacial Europeia (ESA) confirmou que a licença foi aprovada.

Descoberta e risco potencial

O 2024 YR4 foi detectado pela NASA em dezembro de 2024 e possui aproximadamente 55 metros de largura, o equivalente a um prédio de médio porte. As chances de impacto, inicialmente estimadas em 1 em 83, subiram para 1 em 43 em apenas alguns dias, colocando o asteroide no topo da lista de riscos do sistema de monitoramento Sentry, do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS).

Embora um impacto não causasse extinção em massa, como o evento de Chicxulub que eliminou os dinossauros, especialistas alertam que poderia gerar destruição comparável ao Evento de Tunguska, ocorrido em 1908, na Sibéria. Na ocasião, uma explosão equivalente a uma bomba nuclear moderna devastou 2.000 quilômetros quadrados de floresta e derrubou cerca de 80 milhões de árvores.

A missão do James Webb

A decisão de priorizar a observação do asteroide foi impulsionada pelo aumento das chances de impacto. A ESA destacou que a situação é "significativa o suficiente para justificar a atenção da comunidade global de defesa planetária". Os telescópios da NASA, ESA e CSA serão usados para medir com precisão o tamanho e a trajetória do asteroide.

O James Webb, utilizando seus instrumentos MIRI e NIRCam, analisará o calor emitido pelo asteroide, ajudando a refinar os cálculos de sua órbita e as possíveis consequências de uma colisão. Estima-se que o tamanho real do asteroide varie entre 40 e 90 metros de diâmetro, e os astrônomos terão novas janelas de observação em março e maio de 2025.

Conclusão: risco em revisão

Com os dados adicionais do James Webb, espera-se que a probabilidade de impacto diminua significativamente nos próximos meses. Por enquanto, os especialistas reforçam que não há motivos para pânico, e a missão segue como uma medida preventiva importante para a defesa planetária.

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