Nos últimos anos estamos
vendo um aumento constante no número de crimes envolvendo jovens e adolescentes
e até mesmo crianças. Estupros, assaltos com a utilização de arma de fogo e o
que mais assusta é o aumento no número de homicídios e muitos deles cometidos
com muita crueldade sem que as vítimas tenham a mínima chance de defesa.
Crianças que deveriam estar
curtindo as boas coisas da infância, estudando, brincando sem preocupações com
o mundo dos adultos estão andando pelas ruas com armas nas mãos. Onde está o
erro? Nas famílias que não tem mais tempo para educar seus filhos e jogam para
o Estado o dever de educá-los? Ou o
Estado que se omite na sua obrigação de proporcionar condições básicas para a
população jovem, como, saúde, educação e segurança?
Questões como essa estão
sendo amplamente discutidas pela sociedade e requerem muito cuidado para que não
se complique ainda mais a situação, pois, não estamos falando somente sobre um
aumento na criminalidade e sim o aumento da participação de jovens e
adolescentes nesses delitos.
Para alguns, a redução da
maioridade penal e a aplicação de penas (medidas sócio-educativas) mais rígidas
- sob o argumento de que se o adolescente tem condição de votar, por exemplo,
pode certamente responder por seus atos criminosos - seria a solução para essa
crescente onda de violência.
Simplesmente encarcerar
pessoas talvez não seja a melhor solução, devemos nos atentar aos motivos que
levam tantos jovens ao crime, e o real cumprimento do Estado na sua obrigação
de re-socialização dos mesmos.
Essa é uma discussão
complexa que deve ser levada com muita calma, analisando todos os lados para
que não se tome uma atitude no calor de uma comoção social, mas que se faça de
forma justa e enérgica para que desestimule o jovem a adentrar ao terrível mundo
do crime, proporcionando-lhe oportunidades de uma vida melhor.
Por Adriano Couto
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